Faleceu no final da tarde desta quarta-feira, dia 19 de setembro de 2014, o senhor José Dias Santana, mais conhecido por Zé da Banana. Antigo morador da Avenida Centenário. O corpo está sendo velado na residência onde morava na referida avenida. O sepultamento acontecerá nesta quinta-feira (20), às 16h00, no cemitério Padre Benvindo.
Nossos sentimentos aos familiares.
Nosso Site teve o privilégio de entrevista-lo há poucos meses, abaixo deixamos o vídeo que relata o modo descontraído de Zé da Banana.
Eu tive o privilégio de conviver na minha infância com o senhor Zé da Banana e seus filhos na Avenida Centenário. Belos tempos!!!
Restas os meus sinceros sentimentos pela perda deste Homem de boa índole.
Ao atingir a terceira idade, a gente dificilmente faz amigos. Faz companheiros, aliados, cúmplices, sócios, correligionários, o que lá for, mas amigos mesmo, desses que conhecem a alma da gente, desses com quem às vezes a gente conversa sem precisar falar, desses que, mesmo sem nos dar razão, ficam do nosso lado, desses que carregam com eles lances fundamentais de nossa história, amigos que se abraçam com calor depois de uma longa ausência, amigos com quem se quer partilhar todas as alegrias, nossas e deles, amigos de raiz, esses amigos se fazem no inicio da vida, pois é o momento que sobra tempo para ganharmos tempo jogando conversas fora. A vida afasta alguns, talvez muitos, mas os que permanecem são suficientes para provar o valor supremo da amizade, o sentimento mais nobre que podemos abrigar.
Quanto mais velhos ficamos, menos desses amigos fazemos e mais nos reaproximamos dos antigos. Com a idade se vão as ilusões que nos arrebatavam na juventude, juntam-se os desenganos, vem o fim da caminhada aqui na terra
Com a idade, vamos compreendendo com maior vividez como os amigos são importantes, muito mais importantes do que imaginávamos antes. Os amigos compõem a nossa identidade, quem entende nossos amigos nos entende um pouco, quem conhece nossos amigos nos conhece um pouco. Somos vistos e avaliados não apenas pelo que temos de individual, mas também pelo que nossos amigos nos acrescentam, até porque aprendemos com eles, e eles conosco. E, a par disso, como é bom contar com um interlocutor que nos ouve e quer genuinamente o nosso bem, que desperta em nós o que de melhor temos, que nos traz lembranças alegres e cuja convivência nos deixa um pouco mais em paz com a vida, e nos torna a existência menos solitária. Como, por tudo isso, são raros e preciosos os amigos, mais raros e mais preciosos a cada instante, principalmente neste mundo tão conturbado, com a internet e outros eletrônicos que nos fazem perto e bem distantes.
Quando morre um amigo assim, morremos também um pouco. Por ser lugar-comum, não deixa de ser verdade. Acabo de morrer um pouco, acabo de morrer bastante, porque morreu um amigo, pessoa que talvez para alguns, não faz qualquer sentido, mas, para tantos outros sim. Minha amizade numa cidade pequena de anos atrás nascia das afinidades de famílias, descobertas desde a infância, adolescência e se fortalecia ao longo dos anos, culminando em compadragem.
Perda de qualquer pessoa é muita dura de enfrentar, é difícil estimar sua extensão, o vazio que deixa.
Sempre que retornava em minha cidade, procurava um tempinho para um dedo de prosa com Zé da banana, era velho amigo, um grande amigo, saudoso amigo, que Deus o tenha em Sua glória.