Antigamente, não tão longe assim, no tempo em que não tínhamos a Barragem Zabumbão e nem tão pouco a Embasa, a grande caixa d’água que se encontra na fotografia era o ponto de distribuição de água para a Sede do Município. Na época de calor escaldante e de estiagem prolongada o povo sofria com a constante falta dela nas torneiras. Em certo tempo o Rio Paramirim corria pouca água em seu leito, dificultando a captação do líquido. Às vezes, a água chegava às nossas casas, como muitos a retiravam no mesmo instante, fraca e não conseguia subir até a caixa no alto. Era um deus nos acuda. Aqueles que possuíam bombas e caixa no quintal bombeavam desta para a de cima, quem não dispunha de tal alternativa se via obrigado a fazer a água chegar até lá com o auxílio de baldes. Quantos baldes nós não os carregamos? Se fossem nos dias atuais iriam dizer que criança não podem trabalhar. E quem falou que aquilo era trabalho, para nós era motivo de vitória, de ser fortes, de diversão.
