SEXTA NOITE DA FESTA DO B0M JESUS DA LAPA. Mais um ano de louvor, adoração e súplicas nos festejos do Senhor Bom Jesus da Lapa! Já se passaram três séculos e, num abrir e fechar de olhos, estão os Romeiros a celebrar 330 anos da chegada e início desta peregrinação que surgiu graças ao arrojo missionário do Frei Francisco da Soledade. Naquela Gruta de Pedra e Luz, encontram- se perpetuamente as imagens do Bom Jesus e da Mãe da Soledade que atraem, através de uma fé arraigada em todos os corações, um número incalculável de Romeiros, numa demonstração pública de amor Àquele que enfrentou o sacrifício da cruz por causa de todos nós. Há dois anos, entretanto, que nos vimos privados deste dever e prazer sagrado, mas nem isto fez-nos arrefecer a nossa confiança nAquele Patrono eterno que vive de braços abertos ininterruptamente para nos afagar num amplexo paternal. De perto ou de longe, estamos todos nós seus discípulos e seguidores, de olhos fitos naquele pedestal sagrado donde encontra-se, per omnia saecula saeculorum, o ícone divino a nos cumular de copiosas bênçãos. Unamo-nos, pois, neste novenário numa mesma oração: “Eis-nos aqui, Senhor Bom Jesus da Lapa, cheios de fé, contemplamos a vossa imagem. O coração aberto nos fala de vosso amor por nós; as mãos e os pés cravados na cruz nos lembram do vosso sofrimento por nossos pecados; o resplendor, sinal de vida nova, nos anuncia vossa Vitória sobre o mal e irradia para nós uma esperança sem fim. Aceita, ó Bom Jesus, as nossas fadigas e privações como gestos de nossa homenagem. Acolhei as nossas promessas e orações como sinais de sincera gratidão. Livrai-nos, pelo poder de vossa sagrada paixão, de toda maldade, fraqueza e dureza de coração. Transformai-nos pela força de vossa gloriosa ressurreição em mensageiros do vosso reino e construtores da união e da paz. Na unidade com o Pai e o Espirito Santo. Amem”.
Texto: Antônio Gilvandro Martins Neves.