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PARABÉNS, ÁGUA QUENTE! | .: Focado em Você :.
20 C
Paramirim
26 de abril de 2024
Início Érico Cardoso PARABÉNS, ÁGUA QUENTE!

PARABÉNS, ÁGUA QUENTE!

Dia de festa é hoje, 7 de abril em que, no ano de 1963, este aprazível lugar foi emancipado. Apesar da emancipação ter vindo em 1963, Água Quente conta um século e meio de história, nascida da febre do ouro, na localidade de Morro do Fogo. O Distrito foi criado com denominação de Água Quente, pela Lei Provincial nº 200, de 29 de maio de 1843, criado também por Resolução Provincial nº 1460, de 23 de março de 1875, subordinado ao município de Paramirim. O Município tem o nome de Água Quente por causa do poço termal, Poção, que conserva seu líquido sempre na temperatura de 27° graus C. No início do século XVIII, começa a colonização do território do Vale do Paramirim, com a procura de ouro por portugueses e brasileiros do Morro do Fogo. Em 1878, o Arraial de Água Quente foi elevado à condição de vila, sob o nome de “Industrial Vila de Água Quente.” Dessa forma, Água Quente esteve sempre na alma de todo esse povo que possuía a ventura de habitá-la. O escritor José Newton Alves de Souza asseverou que “As cidades têm alma e têm coração. Cada uma possui, sabidamente, uma fisionomia, um feitio que lhe é próprio, algo que a distingue das demais e, ao mesmo tempo, evidencia traços comuns a todas as outras, traços e episódios que as identificam, as igualam e as fazem tão nossas, como a de nosso berço.” Água Quente é esta Cidade sui generis, que constitui um celeiro deste pedaço de sertão da Bahia. No dizer do pedagogo baiano Anísio Teixeira: “É uma cidade pequenina e ilustre.” De solo prodigioso, possui no recôndito de seu coração o metal precioso que sempre alumiou sua história. Solo fértil, em que “tudo que se planta, dá”, como referia Pero Vaz de Caminha. Banhada pelo rio Paramirim e seus afluentes com o do Morro do Fogo, da Barra, das Folhetas, do Tamboril, não consta na história que esse notável pedaço de chão sofrera os suplícios das secas inclementes. Com suas manifestações culturais centenárias, tem essa terra valores sem rivais na região, que caracterizam seu folclore, tanto no sentido religioso como social, destacando-se o São João, o 7 de Setembro, as homenagens aos santos padroeiros das igrejas erguidas em seus povoados. A romaria de Nossa Senhora do Carmo de Morro do Fogo, desde as priscas eras de 1715, nas sombras dos garimpos auríferos, cresce como o testemunho vivo de uma história antiga “antiga, mas sempre nova”, no dizer de Santo Agostinho. Os engenhos de rapadura proliferam-se pelo interior do Município, transformando o caldo dos canaviais na doçura dos batidos e do melaço. Os córregos e rios umedecem a área alagadiça, tornando-as férteis para as lavouras que sempre retribuem com uma infalível produção. Com origem na era colonial, Água Quente é rico em edificações históricas, com valioso acervo arquitetônico, destacando-se a Igreja da Matriz do Carmo da Cidade, os Casarões da Malhada, de Dona Fifi, da Prefeitura Municipal, de Wilson do Angico, do Sobrado de seu Sizínio Vieira, do sobrado de Paulo Alberto, da família de Teófilo e do Sobrado de Juca e da casa de Cazuzinha em Cachoeira, da família de Cap. Jerônimo Trindade e casas residenciais dos Trindade, inclusive a da heroína Anastácia Trindade, a da família de João Germano, entre outros monumentos que se espalham pelo Município. Não nos esqueçamos das comunidades quilombolas de Paramirim das Crioulas, donde fugiram daqui os índios tapuias perseguidos pelo Cap. Antônio Ribeiro; também Santa Rosa, Poço Danta, Baraúnas e Rio da Caixa, com os aglomerados que se lhe compõem. Não se pode olvidar o poço termal, de águas cristalinas e tépidas, do qual nasceu o Município. E o reisado da Barra, com o admirável fulgor de suas tradições! E as casas-grandes das fazendas das Porteiras, Ovos, Lagoinha, Santarém, Mangueira, Brejo, Cachoeirinha, Araçás! E as figuras lendárias dos Coronéis, Capitães, Majores, Alferes, notadamente o Coronel Liberato José da Silva, o fundador dessa Cidade, o Capitão Juvêncio Antônio Pereira, Major Manoel Joaquim da Silva Caíres, Alferes Antônio Joaquim Baliza, tantos vultos beneméritos que fizeram a história! E os mineradores dos garimpos do Morro do Fogo, entre eles Manuel José Pereira, que cavou a “gruta do Pereira”, Manoel José Viana, entre outros heróis do chão e do subsolo! E o padre Sebastião Dias Laranjeiras, primeiro vigário da Paróquia do Carmo, de 1844 a 1857! Tudo isto é muito mais do que aqui foi apresentado em rápidas pinceladas, prova e comprova o valor histórico-cultural desse Município que possui potencialidades turísticas, inclusive emolduradas por longas serras azuis que encantam o visitante que descobre esse tesouro que precisa ser conhecido parcial ou totalmente para se ver o que é que o Sertão da Bahia tem! Para nós, sensíveis à sua história, sentimos no dever de celebrar esta data emancipativa, até porque Água Quente para nós se porta com o papel de Mãe! Todos sabemos que a Mãe é aquela que amamenta os seus filhos! Criando-os para a sociedade! Em Água Quente, bem no ápice do nascente, há tão falado Pico das Almas, com seus 1958 metros de altitude, constituindo o terceiro ponto mais alto do Nordeste! É nessa cadeia de montanhas das Almas, onde nasce o abençoado Rio Paramirim, que, como numa extremosa Mãe, oferta a todos nós da área jusante o líquido que, qual o leite materno, vem salvando a vida de um povo que, sem ele, já haveria sucumbido pelos rigores do “Polígono da Seca”. Que seria de nós, se o Município de Água Quente não nos tivesse dado este precioso presente?

Cabe-nos a todos nós, quer sejamos paramirinhenses, que sejam todos que se beneficiam desse notável lago artificial, agradecer a Deus por nos ter prodigalizado a benção constante e contínua de dessedentar uma população de filhos seus que veem nesse “Mar Dulce” a esperança de um sonho que traduziu-se em realidade. Dessa forma, não nos podemos deixar de participar da alegria Município que nos foi mãe e, hoje, é nosso irmão, neste momento celebrativos da data magna de sua emancipação. As minhas congratulações estendem-se especialmente aos gestores municipais, Dr. Eraldo Félix da Silva e Dr. Deivisson Mendonça Azevedo, pelo sucesso administrativo que despontou na comunidade municipal, pelo trabalho profícuo que vêm empreendendo, notadamente, em prol de “todos os homens e do homem todo”, como justa e vincadamente assegurou o Papa Paulo VI, na sua Encíclica Populorum Progressio. Calorosos parabéns, Água Quente! Somos-lhes gratos pelo que você significou sempre para nós: a história, a riqueza ecológica, a solidariedade maternal devotada a todos nós, a amizade eterna! “A gratidão é a memória do coração”, disse-o Santo Agostinho.

Falou Jesus: “EU TIVE SEDE E TU ME DESTE DE BEBER” (Mateus 25,35).

Antônio Gilvandro Martins Neves – Advogado

Luis Carlos Billhttps://focadoemvoce.com/
Luiz Carlos Marques Cardoso (Bill) trabalha de forma amadora com fotografia e filmagem. Ele gerencia atualmente dois sites: um de notícias e um pessoal. Está presente nas redes sociais, como no Instagram e Facebook, e tem um canal no YouTube com uma variedade grande de vídeos referentes à região da Chapada Diamantina e do Sertão brasileiro. Sua formação profissional é a de Contador.

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