Paramirim
Dês de que nasci moro aqui
Vi essa terra crescer mudar
Progredir.
*
Lembro-me quando as luzes
Eram um lampião que penduradas
A um pedaço de bambu dava luz ao
Sertão.
*
E as serestas guiadas pelas sanfonas
Nas portas das casas, reunia a moçada que
Bailava a luz da meia lua.
*
Paramirim de lugares lindos por natureza,
Famosos por sua beleza onde as lindas donzelas
Nos seus melhores vestidos, bailavam nas varandas,
Dos casarões e dançavam com os barões.
*
As tradições sempre presentes o bumba meu boi
Sempre correndo atrás da gente, os reis arrastavam
Multidões e nos sambávamos pelos salões
*
Quando criança adorava brincar com meus amigos
Até o sal raiar, jogava bola, soltava pipa, e só retornava
Quando a fome apertava e o galo avisando-me que
Era hora de voltar pra casa.
*
Agora vê tudo mudar, diante de meus olhos
Tudo se transformar.
*
Com meu cavalo branco passeio pelos campos
Perco-me nos meus prantos que derramam
Sem parar, não são prantos de dor nem mesmo de amor
São prantos de saudade que em meu peito ficou.
*
Sinto falta da inocência de quando criança, dos
Amigos verdadeiros, das mútuas alegrias, das tradições
Que em algum momento se perderam dos sonhos não
Realizados enfim sinto falta do passado.
*
Eu Hully Caires através desse Poema narro a vida do meu tio Osvaldino Caires Viana.
Huiiy caires.Somos parentes,pois sou Netto da senhora Maria Antonia Andrill (caires)
A SENHORA Maria ANDRILL,tinha o nome de solteira.MARIA aNTONIA CAIRES,CASADA COM O sr.SEBASTIÃO ROSALINO ANDRILL (professor)