DE VOLTA PARA CASA
Pois bem… 18:30h é o horário que saio do Terminal Rodoviário de Salvador a bordo do ônibus da minha velha conhecida Viação Novo Horizonte e, logo adiante, cumprimento Simões, minutos depois, aceno para Amélia e, em seguida, paro na Feira, não desço, só espio a plataforma da estação; estou com pressa, irei jantar com Santo Estevão, a comida não é das melhores, mas não reclamo, afinal de contas, é um enorme prazer compartilhar esse momento com um santo. Continuo a viagem, agora a espera de Milagres e, de repente, Milagres acontece, onde tudo é muito caro, só vou ao sanitário e na saída deixo a gorjeta do Santo. Pego novamente a estrada, não demora muito, passo pelo último pedágio e saio da movimentada 116 em direção à “cidade das flores”. Nessa estrada silenciosa, só escuto o som da escuridão. Cruzo Maracás e, depois de muitas subidas, descidas e longas retas, avisto um animal atravessando uma ponte estreita, Sussuarana! O motorista diminui o ritmo do veículo e espera o felino cruzar totalmente a ponte para continuar a viagem. Passado algum tempo, chego a Brumado, hora de abastecer a condução e aproveito a parada para tomar um cafezinho, acompanhado de um delicioso bolo frito. Abastecidos, ônibus e passageiro, volto novamente a pegar a estrada e, alguns quilômetros percorridos, deparo-me com a linda cachoeira de Na. Sra.. Dos meus olhos desce também uma cachoeira de lágrimas, afinal, estou a poucos passos do paraíso. Peço ao motorista para “adiantar o passo”, no que sou prontamente atendido, já que, como eu, o seu santo padroeiro também é Santo Antônio. Finalmente, enxergo uma bela serra e seu antigo Cruzeiro. Aí, “não dá mais pra segurar, explode coração.” Cheguei a amada Terra!
PEQUENA HOMENAGEM DO SEU FILHO JOSÉ EDUARDO MARTINS BARROS
