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Adolescência Atual – Texto Dois | .: Focado em Você :.
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Paramirim
1 de maio de 2024
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Adolescência Atual – Texto Dois

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Filho, precisamos ter uma conversa séria.

Agora não, mãe. Não ver que estou ocupado? Depois, depois, depois…

Não! Será agora. Onde já se viu?

Não ver que estou jogando? Quando estou jogando, não gosto de ser interrompido. Sai, mãe, sai. Deixe-me sozinho.

Filho, conversei com seu pai ontem e chegamos a uma conclusão sobre você. De hoje em diante, você terá duas horas para usar computador e celular. Duas horas, ouviu?

Como é que é? Você está doida? Só pode estar doida mesmo. Duas horas… É brincadeira, não é? Você quer é trolar comigo?

Nem sei o que se trata trolar. Agora são nove horas, onze horas você terá que desligar o computador e ir fazer outras atividades.

– Mãe, deixe-me em paz. Saia, saia. Você está me atrapalhando.

Estamos conversado, rapaz. Onze horas voltarei para ver se você já cumpriu com a minha determinação.

E as duas horas passaram voando para o jovem que se entretecia nos seus joguinhos. Ele estava tão imerso no seu mundo que sequer lembrava mais do aviso da mãe. Sorria, conversava com alguém do outro lado da tela, gritava, ficava nervoso. Os sentimentos em seu ser eram uma constante troca de prazeres mentais. Vivia plenamente no “mundo da lua”.

Filho, já passaram as duas horas, é hora de desligar o computador, como foi combinado.

O quê? Você aqui de novo a me aporrinhar. Olhe o que você fez, tirou a minha concentração, acabei sendo derrotado pelo meu rival. Eu não vou desligar nada e acabou. Deixe-me em paz. Que droga de vida é esta! Nem paz mais a gente tem nesta casa.

A mãe encaminhou para desligar a máquina. Todavia, foi parada por um grito e um tapa forte no braço.

– Não faça isto!

Você me bateu! Onde já se viu um filho bater em uma mãe?

Você me provocou. Estava quieto no meu canto, agora vive a me perturbar. Deixe-me em paz, é o que peço.

Meu filho, isso não está certo. Como pode você ficar o dia todo aí sentado jogando? Você necessita estudar, arranjar um ofício, um emprego. Se amanhã, eu ou seu pai faltar, o que será de você?

Amanhã é amanhã. Para que perdemos tempo com preocupações que não sabemos se irão concretizar. Já acabou com a sua catequese? Agora, pode ir. Tenho que me concentrar, para isso careço de silêncio. Vá, vá, suma daqui. Deixe-me. O que é? Vai ficar aí o tempo todo é? Eu não vou sair daqui. Ouviu? Não vou sair.

Filho.

Não vou sair.

Filho.

Não vou sair. Não vou sair. E não vou lhe escutar mais. Lalalalala….

O jovem tapou os ouvidos com as mãos e passou a cantarolar o lalalalal. O sangue da mãe ferveu, tremia de raiva, por um momento desejou voar em tapas no filho, contudo lhe faltaram forças e coragem. Fora de si, deixou o quarto temendo alguma agressão.

A mulher irritadíssima andava de um lado a outro da casa tentando imaginar uma solução. Ela fora afrontada pelo próprio filho. Precisava dá uma lição nele. Porém, o abalo emocional impossibilitava formular algum pensamento, estava para ter uma crise emocional aguda. Ouvia os gritos do filho, o sorriso dele, os palavrões soltos ao perder uma batalha, aquilo tudo era como dardos lançados em seu coração. O que antes não a incomodava, agora machucava demais. Teria que arquitetar algo para acabar com aquela empáfia do filho.

Diante da sua impotência perante o imbróglio familiar se agarrou na primeira e única solução que lhe parecia a sua salvação. Foi ao padrão de energia e a desligou. Sem luz queria ver o filho continuar jogando. Um sorriso vulgar se perdeu pelo canto da boca.

Bastou o estalo para a energia sumir e um grito ecoar pela residência.

Droga! Droga! Bem na hora que eu iria vencer, a energia foi embora. Desgraça. Maldita energia. E agora o que eu irei fazer?

A mãe ao escutar aquilo tudo sorria pelo padecimento do filho. A casa havia se tornado em um campo de batalha. Mãe orquestrando de um lado, e o filho sofrendo sua amargura do outro. Aquilo tudo estava se contraindo para em breve terminar em uma grande explosão.

Mãe, a energia foi embora?

Não sei. Será? Deixe-me ver a geladeira. De fato não tem energia. Deve ter acontecido algo, um poste ter caído, ou mesmo um apagão.

Será se vai demorar?

Uma, duas horas e nada da energia retornar. O adolescente não saia da cozinha, tagarelava o tempo todo. A mãe não sabia qual era pior: ter o filho enfunado no quarto, ou tê-lo a seus pés a lhe aporrinhar. Que inferno de vida era aquele. Como voltar à normalidade?

Mãe, três horas e nada. O que foi que aconteceu? Isso não é normal.

Filho, pegue um livro e vá ler.

Deus me livre. Quieta com ler. Coisa chata. Coisa do tempo antigo. Odeio estudar, odeio livros.

Meu Deus, o que fizemos com o nosso filho? Pensou a mãe atônita.

Mãe, não tem nada para fazer. Que vida chata. Mãe, quando esta energia irá voltar? Mãe, preciso voltar a jogar. Paulo deve estar me esperando. Como é agonizante esperar. Se esta energia demorar mais, não sei o que será da minha vida, não. Volte logo, energia, volte.

O filho fez da cozinha seu quarto e da mãe sua psicóloga. A pobre da mãe estava já no limite. Não aturava mais aquela situação. Como sentia que não iria suportar aquilo por muito tempo, deixou o filho a falar sozinho e foi ligar o disjuntor, restabelecendo assim a energia da casa para seu alívio e para alegria do filho.

Cansada e abatida, deixou seu corpo cair sobre o sofá. Chorando compulsoriamente, de mãos atadas, não conseguia vislumbrar uma solução. Ou deixava seu filho naquela vida, ou tentaria a força removê-lo daquele lugar. Ambos trariam a ela muita dor, sofrimento e empenho. Seus dias futuros não seriam fáceis.

O filho voltou ao quarto e adentrava novamente na sombra daquele mundo virtual em que tanto lhe fascinava. Era um viciado da modernidade. E não há vício fácil de cura. Todo vício carrega em si sua letalidade, seus grilhões. Vencer um vício já com raízes profundas não é tarefa simples, pelo contrário, há de ter muita luta, determinação e força de vontade.

Os tempos mudam, as coisas mudam, mas a natureza humana continua a mesma. Os vícios seguem a moda, cada tempo e cada lugar com novas ilusões aos sentidos. E o ser humano se deixa levar pelas sutilezas do demônio.

Autor: Luiz Carlos Marques Cardoso.

Luis Carlos Billhttps://focadoemvoce.com/
Luiz Carlos Marques Cardoso (Bill) trabalha de forma amadora com fotografia e filmagem. Ele gerencia atualmente dois sites: um de notícias e um pessoal. Está presente nas redes sociais, como no Instagram e Facebook, e tem um canal no YouTube com uma variedade grande de vídeos referentes à região da Chapada Diamantina e do Sertão brasileiro. Sua formação profissional é a de Contador.

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