Assista ao Vídeo:
Vou contar ao amigo aí
A saga de um vaqueiro
Já foi forte e muito bravo
Bateu até em cangaceiro
Com o tempo não se brinca
Já vislumbra o braseiro.
***
É sina de todo velho
Padecer por ingratidão
Os amigos se foram todos
Não restou nem o pobre cão
As forças que eram tantas
Partiram do seu coração.
***
Agora ele lamenta
Já não pode mais trabalhar
Na cadeira fica manso
Calado neste seu lugar
A ação ficou no passado
Dos feitos vive a sonhar.
***
Lembra das longas viagens
Da boiada a conduzir
Lembra bem das noites frias
Do sol quente o lombo ferir
Lembra pois a mente é boa
Do dia que viu a mulher partir.
***
Agora aguarda crente
A hora da travessia
Onde encontrará sua mãe
E a Santa Virgem Maria
Sorrirá com sua amada
Em uma noite de magia.
***
Autor: Luiz Carlos Marques Cardoso.