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O primeiro paramirinhense a se tornar prefeito fora de sua terra natal | .: Focado em Você :.
19.2 C
Paramirim
2 de maio de 2024
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O primeiro paramirinhense a se tornar prefeito fora de sua terra natal

O primeiro paramirinhense a se tornar prefeito fora de sua terra natal

Aljesu Cardoso, filho de Amâncio José Cardoso e idália de Magalhães Cardoso, neto pelo lado materno de Joaquim Augusto de Magalhães e de Belarmina Rosa de Magalhães, nasceu em 8 de abril de 1894, no arraial de Paramirim, quando este ainda não havia se debutado como vila. Foi o primeiro paramirinhense a se tornar prefeito fora de sua terra natal. Pertence a uma família composta de mais 5 irmãos, todos criados no sitio Mangueira e batizados com nomes bíblicos, Rubens, Azer, Naphitaly, João Batista e Stephania (Sinhazinha), esta falecida solteira, em 23 de março de 1927. Perdeu o pai aos 14 anos de idade sendo o seu nascimento declarado pela própria mãe, conforme se lê no registro abaixo transcrito

“Aos três dias do mês de julho do ano de mil novecentos e vinte, nesta Villa de Paramirim, Comarca do Estado da Bahia, compareceu em meu cartório a Senhora Idália de Magalhães  Cardoso e declarou que no dia 08 ( oito ) de abril de 1897, ela dera a luz uma criança do sexo masculino e que foi batizada com o nome de Aljesu, filho legítimo da declarante e do seu falecido esposo Amâncio José Cardoso, sendo seus avós paternos Antônio José Cardoso e Emerenciana Maria de Jesus e maternos Augusto Joaquim Magalhães e Belarmina Rosa Magalhães. E para constar, lavrei o presente registro que vai assinado pela declarante e as testemunhas abaixo firmadas Arlindo Guimarães,  Idália de Magalhães Cardoso, Modesto Santos e  João José Cardoso.”

Seu pai, Amâncio José Cardoso, filho único do Cel. Antônio José Cardoso, segundo contam, com uma escrava por nome Emerenciana Maria de Jesus, constituiu duas famílias. A primeira delas, com Perciliana Francisca Rosa, filha do legendário Francisco José de Azevedo e da grande matriarca Suzana Francisca Rosa, naturais do sítio Valadão, distrito de Paz do Morro do Fogo. No seu segundo casamento

tomou como esposa uma descendente da família Magalhães, de pele bem clara, Idália de Magalhães Cardoso, conhecidíssima mais tarde como Sinhá da Mangueira por ser proprietária do sítio, anexo ao Rio Paramirim, com essa denominação. Por uma questão de curiosidade, fica registrado que D. Idália foi, talvez, a detentora do maior tempo de viuvez de uma senhora no Vale do Paramirim. Perdeu o marido em 1908, vindo a falecer em 30 de novembro de 1970, portanto 62 anos de luto fechado. Para reverenciar a sua memória, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei em 1976 denominando Idália de Magalhães Cardoso o prédio escolar construído no terreno doado a municipalidade por seu filho Joao Batista Cardoso, localizada no bairro Alto do Cruzeiro. Um gesto generoso, louvável e merecido para uma senhora que muito fez por merecer essa distinção pela sua bondade e resiliência.

Quanto ao seu avô paterno, Antônio José Cardoso, patenteado Coronel da Guarda Nacional, citado na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros como abastado comerciante, proprietário de terras, dono de escravos, esteio principal da família Cardoso de Água Quente, onde foi intendente por duas vezes, homem sisudo, intransigente e rigoroso, pai de 6 filhos através de duas famílias, faleceu em 6 de agosto de 1920, na vila de Paramirim, deixando valiosos bens formados de peças de ouro, imóveis, gado e mercadorias, conforme descrição do seu opulento inventario, continuado pela morte da esposa, D. Carolina, ocorrida a  8 de setembro do mesmo ano, também na vila de Paramirim.

Sua casa de residência com cômodo de loja anexo, localizada na praça Santo Antônio, com 4 portas e 3 janelas frontais, ainda hoje existente, teve na sua cadeia sucessória vários proprietários, dentre eles, o Sr. Arlindo Guimarães, pai da professora Natalice Barbosa Guimarães, uma das pioneiras da educação na década de quarenta.

Quando aljesu (em alguns documentos aparece grafado com g) acompanhado do irmão Naphitaly arribou viagem para São Paulo, não se sabe. Mas, alguns indícios nos levam a dizer que antecedeu a década de 30, por uma razão muito simples.  Em 1920, sua genitora declara o seu nascimento, registrando-o no Cartório do Registro Civil da vila de Paramirim, ele já com 23 anos de idade, certamente, se preparando para algum projeto de vida. Antigamente, era muito comum os pais retardarem a declaração em cartório do nascimento dos filhos, mas quando surgia a necessidade, optavam pelo registro de todos de uma só vez, como se fosse por atacado. Até mesmo as famílias mais esclarecidas e de maior poder aquisitivo se acomodavam perante esse dever, protelando-o para ocasiões oportunas ou talvez imperiosas como uma viagem para terras distantes, um casamento ou o um alistamento eleitoral, quando a idade assim os permitia fazer.

Lembramos que no ano de 1932, uma grande seca grassou no sertão da Bahia e muitas famílias tiveram que abandonar o  torrão natal em busca da sobrevivência. Levas e mais levas de retirantes partiam estrada a fora, às vezes sem destino, fugindo da miséria e da fome. Homens e mulheres ainda jovens engrossavam as fileiras dos viajores expulsos do seu habitat por adversidades de ordem política, social e econômica. Muitos saiam e poucos retornavam, tamanho era o sacrifício do retorno que acabavam se submetendo à nova terra adotada, aos seus costumes e até mesmo a novas famílias, esquecendo-se, assim o que ficou para trás. Outros partiam almejando dar continuidade aos estudos iniciados na terra de origem, aspirando a um serviço mais decente e rentável, face à profissão que exerciam. Incontáveis são os conterrâneos que assim fizeram ou tiveram que fazer ao longo dos anos, esvaziando os campos, os lugarejos e as vilas para construírem o progresso no sudeste e no sul do país. Com a força dos braços e da coragem descortinaram fazendas, abriram vilas e cidades materializando o que foi dito nas palavras de Euclides, que o sertanejo é antes de tudo um forte. Assim fizeram os irmãos Cayres de Brito, os Bittencourt de Paramirim, os filhos de D. Sinhá da Mangueira e tontos outros nordestinos no interior de São Paulo e na capital.

O destino tomado inicialmente pelos irmãos Naphitaly e Aljesu Cardoso, não sabemos. O certo é que na década de quarenta, vamos encontra-los na cidade de Guará, 400 km da capital paulista, devidamente estabelecidos com um sólido comércio de tintas e ferragens. A popularidade de ambos os fez bastante conhecido nos meios sociais e políticos como cidadãos de bem,  prestativos e ativos na vida pública, tanto é que Aljezu teve a honra de ser nomeado para governar o município no período de 1943 a 1945, no auge da ditadura Vargas, destacando-se assim como o primeiro paramirinhense a tornar-se prefeito fora de sua terra natal. Sem dúvida alguma, um feito conquistado pelo prestígio e o sangue político herdados do avô, Cel. Antônio José Cardoso.

Paramirim, 27 de julho de 2021

Prof. Domingos

Fonte: Facebook de Domingos Belarmino.

Luis Carlos Billhttps://focadoemvoce.com/
Luiz Carlos Marques Cardoso (Bill) trabalha de forma amadora com fotografia e filmagem. Ele gerencia atualmente dois sites: um de notícias e um pessoal. Está presente nas redes sociais, como no Instagram e Facebook, e tem um canal no YouTube com uma variedade grande de vídeos referentes à região da Chapada Diamantina e do Sertão brasileiro. Sua formação profissional é a de Contador.

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