Estamos em início do mês de Março, notadamente de São José. Desde que o insigne Prof José Cândido instituiu seu festejo no Bairro da Lagoa, a semente ali plantada não parou de produzir. O escritor brasileiro Henfil disse:”Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente”. Ficou, há algum tempo, aparentemente inativa durante 30 anos, mas ela estava fértil no coração do povo que a fez brotar, bem tempo depois. Floresceu e encantou sempre! Agora, neste ano, voltou a silenciar-se, sem culpa de quem quer que seja. Uma peste chinesa eclodiu pelo planeta, criando um reboliço em todas as estruturas humanas e sociais. Por uma coincidência, está acontecendo essa reviravolta, a partir do ano passado, nesse próprio mês. Foi bem nesse tumulto que coincidiu que o Papa Francisco convocasse o “Ano de São José ” assim: ” Pai amado, pai na ternura, na obediência e no acolhimento, pai com coragem criativa, trabalhador, sempre na sombra “, di-lo o notável Papa, na Carta Apostólica “Patris Corde “, ou seja, “Com o Coração de Pai”, publicada por ocasião dos 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica. Com o decreto Quemadmodum Deus, assinado em 8 de dezembro de 1870, o Papa Pio IX quis dar este título a São José. Para celebrar esta data, o Papa Francisco convocou um Ano especial dedicado ao Pai putativo de Jesus que durará até 8 de dezembro de 2021. E nos fez compreender a importância das pessoas comuns, aquelas que, distantes dos holofotes, exercitam todos os dias paciência e infundem esperança, semeando corresponsabilidade. Justamente como São José ” o homem que passa desapercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida”, como diz o Papa Francisco. Sem alarde ou exibicionismo, com pouquíssima alusão na Bíblia, ainda assim ele foi sempre muito amado pelo povo cristão. Isto já basta. Vale a pena ser humilde !!!
Texto: Antônio Gilvandro Martins Neves.