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Triste Realidade
Você entra no emprego
Trabalha, trabalha, trabalha
É promovido, é promovido
Sobe de cargo
Ganha prêmios
Quando menos se espera
Perde o que tinha
Fazem uma festinha
Recebe um abraço
É um momento de júbilo
Batem palmas
Cortam o bolo
Soltam rojões
Enfim está aposentado
É hora de agradecer
Relembrar os feitos
Mostrar aos que chegam
Os louros de ser bom funcionário
Com a sua saída
Outro assume a função
Passam dois dias
É esquecido
Já não é mais lembrado
Mas para o infeliz
Os títulos
As glórias do passado
É motivo para sorrir
E o quadrinho na parede
Este tem que ser mostrado
Mas dentro do peito
Aperta e afunila
Corrói as tripas
Há um grito que quer sair
E grita calado
Apontando para si mesmo
Você é um merda
Perdeu seu tempo
Jogou sua vida no lixo
Foi enganado
Agora lamenta
Por dentro chora
Com cara
Com cara de otário
Mas ao olhar no espelho
Ver que seu nariz
Não é um nariz normal
É um nariz saliente
Nariz de palhaço.
Autor: Luiz Carlos Marques Cardoso.