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É preciso vencer a marcha
Sobreviver a travessia
É necessário escolher
Para não ter vida vazia
Mas como é difícil tudo
Se só tenho é covardia.
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Eu sou a própria covardia
Negar ao mundo eu não posso
Posso ser muito medroso
Mas no sucesso eu aposto
Aposto a minha vida
Em apenas um negócio.
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Se é para viver vivo
Se é para morrer morro
Pode o bicho ser feio
Que do danado não corro
Se for preciso começar
Começo tudo de novo.
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Não é querer ter grandeza
É ser grande sem conhecer
Fazer de cada segundo
A própria existência ser
Pois só tenho o presente
O restante é perecer.
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Autor: Luiz Carlos Marques Cardoso.