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Lixo: problema ou fonte de renda? | .: Focado em Você :.
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Paramirim
3 de maio de 2024
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Lixo: problema ou fonte de renda?

Lixão em Paramirim

Estivemos, na manhã do dia 01 de maio de 2013, fazendo uma visita ao local onde depositam quase todo o lixo da Sede do Município de Paramirim. O lugar se encontra próximo à estrada que liga a Sede a Comunidade de Grama, ao lado da Pedra do Mocó. Na ocasião conhemos algumas fotos, conversamos com um Catador e tiramos algumas conclusões.

O Dicionário Aurélio diz que Lixo é:

1.            Aquilo que se varre da casa, do jardim, da rua, e se joga fora; entulho.

2.           P. ext. Tudo o que não presta e se joga fora.

3.           Sujidade, sujeira, imundície.

4.           Coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor.

5.           Restr. Resíduos que resultam de atividades domésticas, industriais, comerciais, etc.

Olhando para a montanha de material em nossa frente e ouvindo o relato do Catador, pensamos, e chegamos a seguinte conclusão: no mundo tudo se transforma continuamente e o que parece sem valor tem muita utilidade.

O Catador nos disse: “Outro dia desses um rapaz de Livramento esteve aqui para apanhar material. Ele chegou, olhou para essa fartura toda e me perguntou: ‘Nesta cidade não há pessoas desempregadas não? ’ perguntei a ele por que a pergunta, e ele me respondeu: ‘Isso aqui é uma montanha de dinheiro. Como esse lixão é rico’. E de fato é muito rico”.

Colocar fogo nos resíduos que poderiam ser encaminhados para reciclagem e empregar algumas pessoas na atividade é algo estupidamente banal nos dias atuais. Moramos em uma região de poucos recursos e fonte de trabalho, saber aproveitar todos os nossos potenciais mesmo sendo eles pequenos, poderá nos colocar em um grau bem mais avançado e humano. O que antigamente chamávamos de lixo, hoje devemos denominá-los por outro nome: materiais recicláveis ou reaproveitáveis.

Perguntamos ao Catador como era a vida de um homem metido naquela sujeira toda. Ele na sua experiência e simplicidade nos relatou: “A gente se acostuma. Não ver, logo ali há pés de maxixes e aboboras; todos aqui levam os frutos delas para comer em casa. Mas nem tudo é festa. Nossa vida aqui é dura, difícil. E o pior de tudo é que não temos apoio. Não ver essa montoeira toda, do jeito que se encontra fica difícil nosso trabalho. Os caçambeiros misturam todo o lixo. Já pedimos a eles para colocarem as caçambas com os resíduos das podas das árvores em um local separado, mas eles fazem questão de misturar tudo. O que está embaixo fica difícil de ser coletado por nós”.

Olhando por cima vemos que algumas simples medidas poderiam ajudar aqueles trabalhadores. Primeiramente deveria ser erguido um galpão para alojarem os materiais retirados. Segundo deveria fazer uma triagem: material fruto das podas das árvores deveria ser encaminhado para as cerâmicas, pois essas necessitam deles para seus fornos, com isso já diminuía bastante o impacto no local do lixão. Terceiro, assim que a caçamba despejasse o material, os catadores recolheriam tudo de valor para a reciclagem e a sobra fosse enterrada ou desse outro destino.

O Catador também se queixou do valor pago atualmente pelos materiais. “Antes da crise dos Estados Unidos os preços eram bons, veio à crise e tudo caiu. Nunca mais se recuperou. O pior de tudo é que as coisas das quais necessitamos para viver não param de subir”.

O poder público poderia buscar parcerias para que esses trabalhadores tivessem um teto mínimo. Se o trabalhador não conseguisse atingir o teto o fundo cobriria o restante. Seria uma simples ajuda de custo.

O Catador também nos narrou que há poucos dias o fogo pegou no lixão, não se sabe se foi proporcional ou se surgiu do meio do lixo por algum motivo qualquer. O prejuízo para eles foi enorme, o fogo consumiu fardos contendo plásticos. Por isso a necessidade de um galpão.

Ao canto tinha uma pilha de tijolos. Ele nos relatou que um dos catadores estava juntando-os para depois levantar um banheiro na casa. Se para uns os tijolos usados não tinham mais serventia, para o catador seria a realização de um objetivo de vida.

Andamos pelos quatro cantos da nossa cidade, muitas coisas para serem resolvidas só carecem de boa vontade e um pouco de recursos, desta forma poderiam acontecer grandes transformações. Para isso basta primeiro querer e depois ter a destreza, a coragem e a vontade de fazer.

O Catador não quis se identificar.

Os Trilheiros do Cafundó, Luiz Carlos Bill e Raimundo Sucupira, descobrindo os encantos e lugares da nossa querida Paramirim.

Lixão em Paramirim

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Luis Carlos Billhttps://focadoemvoce.com/
Luiz Carlos Marques Cardoso (Bill) trabalha de forma amadora com fotografia e filmagem. Ele gerencia atualmente dois sites: um de notícias e um pessoal. Está presente nas redes sociais, como no Instagram e Facebook, e tem um canal no YouTube com uma variedade grande de vídeos referentes à região da Chapada Diamantina e do Sertão brasileiro. Sua formação profissional é a de Contador.

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