Assista ao Vídeo:
Caindo no Poço
E o seu ser se encontra na sua jornada
Flutua
Desce em alta velocidade
Gravidade?
Que nada
Queda livre
Ladeira abaixo
A vida é triste
Roupas esfarrapadas
Na descida ao fundo
Fundo que nunca chega
Queda que não se acaba
Abismo social
Tudo na vida tem hora marcada
Vive o homem um dilema
Deseja ajuda
Roga a Deus uma bênção
Tarda, mas não falha
Na queda uma luz
Para ser especifico
Uma corda
Que sacode
Que baila
Muitos não entendem
O duplo sentido da arma
Muitos fazem o laço
Com ele sua forca
Antecipa ao fundo à chegada
Para estes o inferno
Não desejo nada
Inferno da consciência danada
Já aos afortunados
Já a meia dúzia de almas abençoadas
Uma corda
Um sinal
Uma luz
Que com força agarra
Segura
Aperta
Mesmo com cera
Com espinhos
Com excrementos
Com dor intensa
Ainda assim ao fio não larga
Fio de vida que lhe restou
E com o nada
Que foi seu tudo
A meia dúzia ao poço escapa
Sente a vida
Vira gente
Dita as regras
E no final
Final feliz da jornada
Vira anjo
Sobe ao céu
Escapa ao poço
Não chega ao fundo
Foge ao escuro
Com sua alma iluminada
Brilhando o ser
Agradece Deu de joelhos
Agradece o presente
A salvação
Esta jubilosa graça.
Autor: Luiz Carlos Marques Cardoso.