O mundo dá voltas, voltas sobre voltas, mas não volta. Como era divertido e prazeroso para os torcedores dos times campeões nas décadas passadas. Foguetes, farras, carreatas, carnavais… Com os anos, com o surgimento de novos atrativos modernos, a graça que se tinha pelas conquistas nos campos de futebol, literalmente, acabou. Antes quando o time do coração levantava um troféu, aquele momento ficava para história, jogadores imortalizados, times idolatrados. O presente nos mostra que o Futebol está passando, logo mais será apenas um espetáculo de televisão à parte. O Timão foi campeão brasileiro, três foguetes, quatro carros pelas ruas a buzinarem. A graça, de fato, acabou. Mas por que morre o futebol? Virou interesses particulares, dinheiro, manobras, um mar de lama, pandemônios sobre pandemônios. Os aproveitadores jogam a cada dia uma pá de terra na áurea glória do esporte. O mundo do futebol tornou-se uma ninhada de serpentes, de corvos famintos, de ratazanas insaciáveis, de bandidos, de ladrões. A graça acabou, o circo fechou, morreram os palhaços por falta de público, por falta de aplausos, por falta de calor.
Crônica de Zé do Bode.