Formado o primeiro núcleo, os Jesuítas providenciaram construir uma pequena ermida para enironizar a Mãe da Graça. De palha foi o início e ao passar do tempo sofreu várias reformas ficando incólumes somente as imagens e o coro. A festa iniciava-se com a novena de S. Sebastião, indo até o dia 03, concluindo -se com as missas e procissões. A Praça era decorada com bandeirinhas e palhas de coqueiro, sem faltar o pavilhão que é um símbolo tradicional que é uma tenda para servir de abrigo. Logo ao lado ficava a mesa dos leilões onde se destacavam a pilha de cancelas de avoador. Eram animados pelas Filarmónicas, pois lá existiam duas: uma regida por Sr. Augusto Brasil e a outra por Sr João Dias, que se revezavam nos festejos. No lado sul, enfileiravam-se as barracas de bebidas e comidas para atender os romeiros. Nalgumas a sanfona tocava aquelas músicas sertanejas que atraíam a quem transitava por ali. À tarde de 1 e 2 de fevereiro, realizavam-se as Entradas de festa, com figuras típico-religiosas sobre caminhões ou a pé, a cavalo e o desfile de carros de boi. No dia 2, era comum jovens sair, enfileirados, com pequenas bandeiras numa vareta sacudindo-as para lá e para cá, em forma de saudação. Os benditos que acompanhavam os festejos da época eram cantados por rezadeiras tradicionais com a aquela voz suave como a de Basilia, Ana da Boda, Aninha e outras. A festa da Graça e de São Sebastião eram iluminadas de legítimas tradições que enriquecem a nossa história. Ainda subsistem alguns traços, mas muita coisa foi contextualizada pelo avanço em todas as áreas da civilização humana. Para nossa família hoje é um dia histórico :aniversário de nosso avô e pai de criação: Tunano, grande devoto da Sra. da Graça. ” Que meu amor por Maria seja igual o de seu Filho Jesus por Ela (S. Vicente Palloti)
Texto: Antônio Gilvandro Martins Neves.