Ontem, a ave traquinas saiu do viveiro e voou. Voou sem parar em rumo ao mais recôndito infinito. Sem se cansar, pois buscava o objetivo a que sempre aspirou, chegou ao destino almejado. E quem lá estava para recebê-la naquela vastidão de luzes e flores Primeiramente é claro, de braços abertos, acolheu-a o Senhor Jesus, dizendo-lhe aquelas inolvidáveis palavras evangélicas de Mateus. 25,31-46: “Vinde bendita de meu Pai porque tive fome e sede, estava nu, doente, preso e forasteiro e tu me atendeste…” A avezinha viu o céu em clima especial de festa. E, quando olha para aquele cenário, depara-se com um grupo entusiasta que batia Palmas, cantando: Alô bom-dia, ó como vai você? Eram suas companheiras de Igreja que estavam louvando a Deus pela chegada da irmã tão querida! Dail, Lia Araújo, Carmelita, Lili Moreno, Tiana e Teresinha de Tota vibravam em coro com hinos e benditos que sempre subiam aos ares no templo da Matriz: Ave Maria o campanário entoa…, o Coração Santo tu reinarás… Oh meu Padre Santo Antônio, Padroeiro Forte… E as vozes daqueles pássaros já há algum tempo no céu, fizeram com que, até os Anjos parassem para assistir àquela apoteose de vozes que sempre encantaram os maios e junhos da vida! E a avezinhas meio tímida ainda e certamente emocionada com aquela suntuosa recepção, foi-se deslanchando e enturmando ao seu antigo grupo que se entusiasmara ao vê-la no mundo divino Ali, a avezinha se encontra e já começou a soltar a sua voz, embevecendo o firmamento celeste com a suavidade de sua ternura. Ela logo conseguiu destaque naquele ” lugar resplandecente, “conforme o Profeta Ezequiel. 1,26-28. Que fará doravante está ave? CANTAR AS BELEZAS DA VIDA! É ela EDESIA ALVES SANTOS, o Rouxinol que cantou e encantou. Assegurava Cora Coralina: “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos “Cante, cante mesmo e até os Anjos e Santos irão lhe aplaudir!!!
Texto: Antônio Gilvandro Martins Neves.