O mundo cristão se regozija neste dia ao lembrar da Santa baiana! Justamente, a 26 de maio de 1914, veio ao mundo este insigne presente de Deus. Foi a cidade do Salvador que teve a honra especial de ser o berço da maior Santa dos tempos modernos desta terra do Senhor do Bonfim que, na sagrada colina, olhou o tempo todo para aquela que é a menina dos olhos do mundo baiano. Deixando de lado o ambiente solene de seu primeiro Convento, partiu para os Alagados, os becos, as pontas de rua, as ruas enlameadas da Cidade Baixa, a fim de compartilhar com o sofrimento, a dor, a marginalização dos pobres mais pobres. Iniciou essa batalha amorosa num galinheiro no Bairro da Calçada, seguindo-se pelos arcos do Jardim do Bonfim, caminhada esta eivada de tropeços e acidentes sociais mal interpretados! Essa luta durou anos e ela, muito embora sensivelmente enfraquecida fisicamente, tornou-a giganta da caridade que fez o amor tornar-se visível e concreto na Bahia. Experimentou retaliações dentro de alguns ambientes da Igreja. Foi incompreendida e criticada como puramente assistencialista! Contudo, não perdia seu precioso tempo em refutar ninharias. Construía o bem e deixava que ele se incumbisse de defendê-la perante essas acusações malignas. É delas estas palavras:” As pessoas que espalham amor não têm tempo nem disposição para jogar pedras.” O importante e urgente para ela era fazer o bem, sem descanso, a todos os minutos de um dia. Conheci-a de perto e era minha amiga e benfeitora no Cesupa, Hospital JA Rezende e outras ações beneficentes que promovemos aqui. Escuto a toda hora aquela falinha dócil a me referir quando sempre eu ia lá vê-la: ” Meu filho, tem aí umas coisinhas para lhe dar!” E assim foram vários caminhões de doações que ela outorgava!” Que o diga o saudoso compadre Zé de Nadu que sempre os transportava e ela chegou até a pagar o transporte! Diante disto e tantas outras ações benfazejas, só tenho uma palavra para dizer-lha: Deus lhe pague! Tenho uma das felicidades na minha vida: SOU AMIGO PESSOAL DE UMA SANTA!!!
Texto: Antônio Gilvandro Martins Neves.