Lembrei-me que é o DIA DO CARTEIRO! Isto me reportou ao tempo em que eu estudava em Salvador. Não tendo outros meios de comunicação como d’agora, recorríamos às cartas, fazendo-nos ficar dedicados à correspondência epistolar. Como retribuição, recebia quase todos os dias pacotinhos de carta daqui e de vários lugares que me respeitava com as boas notícias que amenizavam a saudade. O Carteiro que atendia o Bairro de Santo Antônio Além do Carmo tornou- se amigo e, muitas vezes, pedia-me as alvíssaras pela carta presumida bem mais importante como as da Alemanha, à época da luta pela aquisição de nossa Casa de Estudantes. Assim, desde outros tempos, o povo buscava o Correio como um alento, pois dali é que lhes chegavam as notícias. Aqui, por exemplo, tínhamos Carteiros que se tornaram figuras históricas. Quem não se lembra dos Carteiros Marcolino, Chico e Andrelino que semanalmente exerciam aquela missão de mensageiros, vindos de Rio de Contas, com os malotes sobre o lombo de burros! Mais atualmente, era Budo o distribuidor das encomendas postais para cada qual de nós Essa profissão, aparentemente humilde, era de uma responsabilidade ímpar, pois naqueles alforges continham material precioso Tudo começou em 25 de Janeiro de 1663, quando foi criado o cargo de Correio-mor da Monarquia Portuguesa no Brasil. Os mensageiros seriam de fundamental importância na história. Basta lembrar que foi um Carteiro, Paulo Bregaro, que entregou a correspondência a D. Pedro I que acabou decidindo proclamar a Independência do Brasil. Atualmente são mais de 56 mil Carteiros trabalhando na ECT. Portadores de mensagem, sempre levando-as aos lares e empresas, organizando positivamente suas entregas, percorrem até 20 km por dia! Que o exemplo deles nos contagiem, tornando-nos mensageiros do amor, da justiça e da paz! Diz o Dalai Lama:” O segredo de progredir é começar. “Mesmo hoje em dia tudo se tornando digitalizado e eletrônico, o Carteiro ainda é capaz de ser prioridade. Parabéns!
