Presenciar nosso principal Rio secar corta o coração. E pensar que a nossa infância foi tomando banho nas águas cristalinas do Rio Paramirim e pescando. Quantas lembranças boas de uma época que se perdeu para sempre. Nosso Rio Paramirim agoniza, o desrespeito humano e a indiferença estão matando nosso principal manancial. A mata ciliar a cada dia vai sumindo a golpes de machados e a lâmina fria da motosserra. O barranco de areia sem proteção alguma tomba para dentro do leito assoreando-o. E pensar que para cima do Poço da Espingarda a água desce em bom volume. Os regos sugam todo o líquido, canais que são maiores que o próprio rio. Fica uma indagação: “Cadê a vazão ecológica?”. Os órgãos governamentais se perdem em reuniões que não se transformam em ações concretas, apenas blábláblá e nada mais. O Rio Paramirim é nosso, somos nós que devemos cuidar e proteger. Se formos esperar pelo governo, pagaremos caros, pagaremos com a morte do nosso Rio.
Ainda bem que temos o Poção, abaixo dele o Rio Paramirim ainda consegue seguir como rio, até quando não o sabemos.
É que os frouxos de Agua Quente, deixam pessoas desviarem as aguas para fazerem irrigação!
O rio brumado, que tem a mesma nascente, não secou.
Parabéns Bill. A matéria é chocante, mas é real. Sabemos que o planeta terra passa por uma reviravolta climática, com calor e frio intensos, bem como secas e inundações, onde antes não se via falar. Mas, algo é certo. Nós não estamos cuidando das nossas águas. O consumo aumentou com o crescimento da população, bem como o uso indiscriminado e sem técnicas na irrigação. E o que temos feito? Nada. Nenhuma atitude por parte dos poderes públicos e também da sociedade para reflorestar as matas ciliares e as nascentes dos rios, córregos e riachos. Nenhuma proteção das nascentes. Tem-se notícias de que uma nova mineradora de exploração do mármore instalara-se na região da Barra, Santa Rosa e Creolas em Água Quente, cuja exploração está comprometendo a nascente do rio da barra, caudaloso tributário do rio paramirim. Enquanto isso o silêncio das comunidades e do poder público é ENSURDECEDOR!