Capitão Juvêncio Antônio Pereira
A vila de Água Quente, formada por território desmembrado do município de Minas do Rio Contas, foi criada por ato governamental de 24 de março de 1890, sendo investida em suas funções em 23 de maio do ano seguinte, conforme informa a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, editada em 1958 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Uma vez instalada, entra em cena o seu primeiro Conselho Municipal, composto por 6 membros, nomeados em 15 de abril de 1890 por ato do governador do Estado da Bahia, Dr. Manoel Victorino Pereira.
“Acto Estadual de 15 de abril 1890. O Doutor Governador d’este Estado, em vista do Acto de 24 de março próximo passado, pelo qual foi creada a Vila de Água Quente, resolve nomear a Intendência e o Conselho Municipal da mesma Vila com as atribuições de que trata o Decreto n° 50A, de 7 de dezembro de 1889, designando para Intendente o Capitão Antônio José Cardoso e para membros do Conselho os cidadãos Capitão Juvêncio Antônio Pereira, Antônio Joaquim Balisa, Francisco de Magalhães e Silva, Juvêncio Cardoso de Sousa, Manoel do Bonfim e Sousa e o Cônego-vigário João Paranhos da Silva.”
Com a função de deliberar sobre os negócios do município, o Conselho Municipal também chamado Conselho da Intendência, corresponde atualmente ao órgão do Poder Legislativo denominado Câmara de Vereadores.
Pelo que se sabe, ou melhor, se deduz, esse conselho teve curta duração. Por ato de 28 de julho de 1891, o Cônego João Paranhos da Silva é exonerado a pedido, certamente por conta de sua candidatura a uma vaga na Assembleia Legislativa Estadual. Sobre os demais membros, não há informações se concluíram o mandato, que na época era de dois anos.
Sobre a sua instalação, bem como a posse do primeiro Intendente, supõe-se ter ocorrido na mesma época da instalação da vila, ou seja, em 23 de maio de 1891, conforme as determinações vigentes. Quanto ao local de funcionamento, sabe-se que o Conselho se reunia no Paço Municipal, onde também se realizava as audiências do Juiz Preparador e as sessões do Júri.
Quanto aos dados pessoais de cada conselheiro, sabe-se que o Capitão Juvêncio Antônio Pereira era filho do minerador português Manoel José Pereira. Casou-se com Anna Rita de Magalhães e Silva, bisneta do Capitão Antônio Ribeiro de Magalhães, faleceu em 13 de outubro de1909; o alferes Antônio Joaquim Balisa, casado com Anna Joaquina da Conceição, era comerciante em Água Quente, residia no povoado de Santarém; Francisco de Magalhães e Silva era filho do Cel. Liberato Jose da Silva e Maria Rosa de Magalhaes e Silva, bisneto, portanto, do Capitão Antônio Ribeiro de Magalhaes, fundador de Paramirim; Juvêncio Cardoso de Souza, comerciante, casado com Poscidonia Maria da Conceição, era avô de Érico Cayres Cardoso, ex-prefeito de Água Quente; Manoel do Bonfim e Souza, pai de Guilhermina Bonfim da Silva, era avô materno do Cel. Francisco Brasil Rodrigues da Silva. Faleceu na vila de Paramirim em 09 de novembro de 1907; Cônego João Paranhos da Silva, natural do município de Cachoeira, foi vigário da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo de 1870 a 1902. Faleceu em Livramento de Nossa Senhora em 30 de janeiro de 1902, com 68 anos de idade.
Fonte: Facebook de Domingos Belarmino
Cônego-vigário João Paranhos da Silva
