Botuporã viveu uma noite diferente, agitada, anormal. O clima calmo dos dias foi quebrado por um enorme protesto defronte e dentro da Câmara de Vereadores. O assusto que estava sendo discutido era a taxa de oitenta por cento sobre o valor do consumo de água cobrado pela Embasa para tratamento do esgoto. Muitos vídeos circularam pelas redes sociais, o clima foi tenso, mas faz parte da democracia.
Salientamos alguns pontos, pois sempre que somos convidados participamos de reuniões em Paramirim a respeito da Embasa. Primeiro ponto: o município de Botuporã já possui rede de esgoto e tratamento? Segundo: aumento de taxa de esgoto pela Embasa não é competência do legislativo municipal e sim da Assembleia estadual. É bom lembrarmos da redução de dez mil litros para seis mil litros de água como taxa mínima para cobrança votada e aprovada pelos Deputados Estaduais, naquela ocasião ninguém se manifestou, inclusive os prefeitos, pois sabemos que todos compõem a base do Governador.
O que o Legislativo fez ou irá fazer é autorizar o Executivo a firmar contrato com a Embasa. E tem mais, se com a Embasa você acha que está ruim, sem ela poderá ser um caos. Prefeito que assumir sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário deverá ter uma equipe altamente qualificada, muito recurso para investir.
Paramirim ainda não tem esgotamento sanitário e tratamento de esgoto, contudo quando fizer a obra e a mesma for administrada pela Embasa, caso os Deputados não mudem, iremos ser obrigados a pagar os oitenta por cento sobre o nosso consumo de água. Creio que por aqui também iremos ter manifestações, pois o valor é pesado para o bolso de todos nós, mas no final iremos ser obrigados a pagar a conta, pois é sempre assim.
