Estamos em pleno limiar da Quaresma de 2021. Tempo de penitência e conversão, mas que, neste ano, estamos a experimentar um momento atípico da história. Desde que o mundo é mundo, com certeza, não se viveu uma fase tormentosa como a d’agora! Hoje, justamente hoje, completa-se um ano em que expediu-se um primeiro Decreto, impondo medidas restritivas para coibir o avanço desse adversário comum que sacudiu as bases da vida planetária, qual seja essa praga chinesa. Entretanto, se é um tempo de angústia, por outro lado, trata-se de uma oportunidade para reflexão neste período quaresmal que convoca todos a meditar a maior prova de amor: a Cruz! As ruas noturnas, a partir das 18 horas, vivem um silêncio que parece inexistir moradores na Cidade! É um sinal, até porque “o silêncio é eloquente”, como proclamara o pensador francês Lamartine. Na sua mudez, o silêncio grita! Cabe-nos escutá-lo. Entretanto, mesmo apesar de essa crise, levanta-se de novo entre nós a tentativa governamental de usar o Zabumbão que há assiste 4 Municípios, a fim de estender suas águas a mais cinco da região ribeirinha do Paramirim! Disse e repito, se não houvesse outra alternativa, o jeito seria aceitar essa sua proposta. Todavia, foi mostrada a riqueza de afluentes que se enfileiram no curso, a jusante, deste Rio! Por que, então, não aproveitá-los, ficando a insistir na mesmice da extensão de sua água por adutora? Deve aplicar os recursos numa obra que irá eternizar-se no sertão! Precisa-se libertar dessa filosofia de “pescar o peixe de aquário”, partindo para novas opções! Vivendo na prática os apelos da Quaresma, meditemos: você consente em crucificar a Barragem do Zabumbão? Você garante o futuro dela? Gritamos aos céus em favor deste Mar Dulce dos sertanejos! Vale lembrar as palavras do Papa João Paulo I: Amar a Deus e ao próximo: estamos diante de dois amores que são irmãos gêmeos e inseparáveis. “O problema do Zabumbão é uma questão de amor! Que diz você?!!!”.
Texto: Antônio Gilvandro Martins Neves.