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Paramirim
20 de abril de 2024
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A história de Paramirim

A história de Paramirim

As terras que pertenceriam a Paramirim, as quais eram primitivamente habitadas por índios tapuias, desde o século XVII, faziam parte de uma grande sesmaria, a Casa da Ponte, do mestre-de-campo Antônio Guedes de Brito, a qual era uma “espécie” de feudo pecuarista. Nesse contexto, a bacia do Paramirim, encaixada entre a Serra Geral e a Chapada Diamantina, era um importante corredor de fazendas criadoras de gado bovino.

A colonização da região do município começa no início do século XVIII, provavelmente entre 1715 e 1720, quando foi descoberto ouro no Morro do Fogo, atraindo forasteiros, principalmente portugueses, mas também brasileiros. Nascia assim as primeiras fazendas e povoados da região.

A Fazenda do Arraial, cujas terras correspondiam à quase totalidade da área do distrito-sede de Paramirim, foi adquirida judicialmente pelo advogado Joaquim de Souza Canabarro em meados do século XVIII. Em 9 de fevereiro de 1797, sua viúva, dona Quintiliana Maria de Souza, e seu genro, Jean Pinto de Souza, vendem esta fazenda ao capitão Antônio Ribeiro de Magalhães, português natural de Gestaçô, concelho de Baião. Ele escolheu aquela fazenda devido à sua localização, na depressão, abaixo das elevações do Morro da Estrela e da Serra do Cruzeiro, terrenos compostos por aluviões deixados pelo trabalho erosivo do rio Paramirim, portanto, de natureza muito fértil. A fazenda já veio com um casarão, o qual Antônio transforma em sua residência, aonde passa a residir com a sua esposa, a mulata Maria Joaquina da Conceição, baiana de Piatã, com quem teve 13 filhos, sendo nove mulheres e quatro homens. Ali, guarda uma imagem de Santo Antônio, de quem era muito devoto.

Em 1801, Antônio ordena a construção de uma capela simples, em louvor a Santo Antônio (atualmente a Igreja Matriz de Paramirim), em torno da qual nascia um povoado, conhecido como Arraial do Ribeiro (atualmente a Sede de Paramirim). A imagem de Santo Antônio é transferida para essa capela. Décadas mais tarde, ainda no século XIX, por ser ponto de passagem de boiadas e viajantes, o Arraial se transforma se transforma num importante entreposto, alcançando um crescimento acelerado e, consequentemente, é elevado, em 1881, à categoria de freguesia, com o topônimo de Santo Antônio do Paramirim.

Em janeiro de 1820, Florêncio da Rocha compra ao Conde da Ponte as terras de Pau de Colher e Manuel Joaquim Pereira de Castro as da Fazenda Poções, ao mesmo Conde, pela grande quantia, naquele tempo, de 145.000,00. Começa assim o ajuntamento humano que deu início à povoação denominada Arraial do Morro do Fogo, que dará origem à cidade de Paramirim.

Com a proclamação da Independência do Brasil (1822), existiam os mata-marotos, pessoas que matavam os portugueses que eram contra a Independência. Como o capitão Antônio era contra a Independência, em 1823, ele foge rumo à cidade do Rio de Janeiro, a cavalo, de madrugada, junto com a esposa, e lá tenta um requerimento para elevar o Arraial à categoria de freguesia, o que não foi aceito. Antônio faleceu no Rio, por volta de 1825, quando retornava a Paramirim, em decorrência de uma fratura na perna depois de cair das escadas da casa de um amigo dele, de quem se despedia. No ano seguinte, é julgado o inventário do capitão, com a participação da viúva.

Por volta de 1840, com a decadência das minas do rio de Contas, alguns garimpeiros desceram a Serra das Almas, pelas margens do rio Paramirim, e encontraram um veio aurífero no Morro do Fogo. A partir daí, o Arraial cresceu e alcançou algum progresso. Com isso, a Resolução n° 200, de 29 de maio de 1843, eleva a capela existente no Arraial à categoria de freguesia, com o nome de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo, subordinada ao município de Minas do Rio de Contas (atualmente Rio de Contas).

Com o passar do tempo, o ouro do Morro do Fogo se esgota. Como consequência, muitos mineradores se instalaram em fazendas ao longo do rio Paramirim. Se no século XVIII a economia aurífera impulsionava a criação de núcleos populacionais, a partir da segunda metade do século XIX surgem na região os núcleos populacionais agroprodutores.

Um desses núcleos populacionais agroprodutores é o Arraial de Água Quente. Com o progresso verificado no Arraial de Água Quente (atual sede de Érico Cardoso), que foi fundado e se desenvolveu nas terras da fazenda do coronel Liberato José da Silva, em virtude da presença de fontes de águas termais, foi para esse Arraial transferida a sede da freguesia do Morro do Fogo, pela Resolução provincial n° 1.460, de 23 de março de 1875.

A Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo foi elevada à categoria de Vila, com o nome de Industrial Vila de Água Quente, pela Lei Provincial n° 1.849, de 16 de setembro de 1878, data na qual é comemorada o aniversário de Paramirim.

Em 20 de junho de 1881, a Industrial Vila de Água Quente foi extinta e seu território foi reanexado ao município de Minas do Rio de Contas e ela teria sua autonomia restaurada em 24 de março de 1890.

Em 1898, o capitão Antônio José Cardoso, comerciante rico localizado em Água Quente, foi nomeado seu Intendente, tendo-o sucedido o coronel Juvêncio Pereira, genro do coronel Liberato José da Silva, falecido havia anos.

De acordo com a Lei estadual n.° 460, de 16 de julho de 1902, a sede da Vila foi transferida para o Arraial do Ribeiro, que naquele tempo estava em fase de maior desenvolvimento do que o Arraial de Água Quente e por estar melhor localizado geograficamente.

Pela Lei estadual n.° 736, de 26 de junho de 1909, a Industrial Vila de Água Quente foi elevada à condição de Cidade, com o nome de Paramirim, que, na língua tupi-guarani, significa “rio pequeno”.

Na divisão administrativa de 1911, o Município aparece formado pelos distritos de Paramirim (sede), Canabravinha, Água Quente e Santa Maria do Ouro.

Ao longo da primeira metade do século XX e na década de 1950, Paramirim possui modificações em seu território, com a criação de novos distritos e mudança de nome de outros. Em 1961 e 1962, Paramirim começa a perder território. Os distritos de Rio do Pires e Ibiajara são desmembrados para formar o município de Rio do Pires. O distrito de Água Quente (atual Érico Cardoso) é elevado à condição de município. A partir daí, o município passa a ser constituído apenas dos distritos de Paramirim (sede) e Canabravinha.

Em 1989, Paramirim cede 279 km² para a composição do território do município de Caturama, que estava se desmembrando de Botuporã e, mais tarde, perderia ainda mais território, adquirindo o território atual, com 1.116 km².

Nos últimos anos, Paramirim vem se tornando um município mais urbanizado. O município tem duas frentes de urbanização: uma situada na sede do município e outra na localidade de Caraíbas. Em 2010, a população urbana de Paramirim correspondia a quase 50% da população total. Hoje, eu estimo que seja mais da metade da população do município, que atualmente é de cerca de 22 mil hab.

Referências

ROCHA, Aurélio Justiniano. Subsídio à História do Município de Paramirim. Acervo do autor. Paramirim, 1981.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paramirim

Vídeos no YouTube do canal “Luiz Carlos Marques Cardoso”

https://www.paramirimeventos.com.br/paramirim/historia/estamos-globalizado-sim.html

FRUTUOSO, Moisés Amado. Morram Marotos: Antilusitanismo, projetos e identidades políticas em Rio de Contas (1822-1823). UFBA. Salvador, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/20661/1/%5BFRUTUOSO.%20M.A.%20Morram%20marotos%21%5D%20VFD.pdf

Observação: O Autor Deste Texto Não Quis Ser Identificado.

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Luis Carlos Billhttps://focadoemvoce.com/
Luiz Carlos Marques Cardoso (Bill) trabalha de forma amadora com fotografia e filmagem. Ele gerencia atualmente dois sites: um de notícias e um pessoal. Está presente nas redes sociais, como no Instagram e Facebook, e tem um canal no YouTube com uma variedade grande de vídeos referentes à região da Chapada Diamantina e do Sertão brasileiro. Sua formação profissional é a de Contador.

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