Nosso Sertão é rico, temos um bioma espetacular, há uma flora abundante, a fauna de uma variedade imensa. Muitos olham para a Caatinga nos períodos secos e pensam erradamente que neste ambiente pouca vida existe, mas bastará um olhar mais cauteloso e verá que seres adaptados vagueiam pelos quatro cantos, uns de dias, enquanto outros a noite. O problema atual da Caatinga se chama desmatamento, o capim Buffel se alastra, as cerâmicas consomem o que um dia foi mata. Mas passeando pela nossa terra, nas voltas e nas retas acabamos por nos felicitamos, por mais que conhecemos, o certo é que muito pouco nós sabemos. No percurso de quatro quilômetros, acompanhamos apenas a estrada, deparamos com uma quantidade enorme de Umbuzeiros, nesta época do ano muitos já se encontram floridos. De dez umbuzeiros se você colher um fruto em cada um deles, todos terá sabor diferenciado uns dos outros, uns mais doces, outros azedos, uns pequenos, outros grandes, uns lisos, outros cabeludos, até o aroma é diferenciado. Nossa maior riqueza está na nossa diversidade, poderíamos aproveitar essa abundância de umbus para beneficiá-lo, fazendo doces, polpas e outras iguarias. Em vez de meter o machado ou a serra vamos replantar. Muitos umbuzeiros ainda vivem pelo simples fato dos criadores de gado ter eles como fonte de alimento para o rebanho.
A Caatinga chora cada árvore derrubada, mas as lágrimas dela são por saber que o maior prejudicado será o mesmo que sequer pensa antes de deixar descer o machado.
É bem salutar e enriquecedor participar em um Site como este, as reportagens trazem em seu conteúdo algo de extrema sensibilidade e mais uma vez o poeta escritor nos mostra a beleza e a utilidade do sertanejo umbuzeiro.