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Deus Supremo Dos Humanos Modernos
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Na história vários deuses existiram
Para muitos apenas um há
No imaginário, na subjetividade paira
O deus supremo e vulgar.
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Aquele que lhe governa
Que me acorrenta
Deus de toda a sociedade
O mesmo que lhe guia e orienta.
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Deus impiedoso e perverso
Cobra de todos súditos empenho total
Faz dos fiéis escravos devotados
Apaga da consciência a moral.
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Seu poder psicológico
Sua força de atração
Fazem da massa pirada
Bestas em plena alucinação.
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De onde nasceu este deus?
Como este deus cresceu?
Brotou da escuridão da alma
Pela sociedade ramificou e floresceu.
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O poder dele é tamanho
Que cega o coletivo
Ensurdece as multidões
Paralisa os indivíduos.
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Seu governo é cruel
O sistema aniquilador
É oligárquico por natureza
Age sem cerimônia nem pudor.
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Não passa de um falso mito
Alegoria das mais banais
Rouba nosso precioso tempo
Com mansidão, mas feraz.
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E o povo se deixa levar
Nas águas tumultuosas e turvas
Da ignorância demoníaca
Do deus da essência suja.
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Se até aqui você se deixou levar
Sem imaginar que deus é este
Dono de magnetismo tamanho
É porque está absorvido nele.
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Mergulhado até a cabeça
Na lama fantasiosa e febril
Acorrentado ao máximo
Servo manso e pastoril.
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Falo do deus supremo
Não da Terra e do Céu
Da sociedade isso sim
Deus de lata ou papel.
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Deus invisível em números
Deus do magnético cartão
Deus das propriedades
Deus que lhe acompanha ao caixão.
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Pois é hora de você saber
É o momento de revelar
Que deus louco é este
Que ninguém o consegue parar.
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Falo do deus rato
Que corrói o mundo inteiro
Daquele que lhe rouba o tempo
Falo do dinheiro.
Autor: Luiz Carlos Marques Cardoso.
