Arte Rupestres, rock art "Fernando Bonetti e João Luiz"

Espedição a Caraíbas.

    Levantamento preliminar dos sítios arqueológicos com arte rupestre do vale do  Rio Paramirim coordenados pela Profª. Maria Beltrão do Museu Nacional/UFRJ e sua equipe.

    Na tarde do dia 15/07/09 fomos a Comunidade de Caraíbas fazer uma visita ao nosso amigo João Luiz. Chegamos a sua casa já havia passado das treze horas. Conversamos um pouco e saímos para visitar dois novos sítios. Um na margem direita da BA 156 e outro na esquerda quem vai em direção a Livramento de Nossa Senhora.
Após termos percorrido uns cinco quilômetros de automóvel deixamos esse estacionado e nos colocamos a andar. Primeiros metros foram de plano, logo veio uma subida e tudo ficou mais difícil. Andávamos dentro da caatinga fechada, muitos espinhos, galhos secos. Algumas vezes tivemos que passar por pequenas fendas nas rochas, outras a vencer pedregulhos soltos.
O primeiro sítio na verdade se faz de dois, um próximo ao outro, cerca de duzentos metros. No primeiro e mais baixo havia algumas pinturas quase apagadas e outras bem nítidas. Destaque a imagem de uma seriema e de um veado. No segundo, a de destaque fica por conta de uma imagem grande de um homem, no caso um índio. Os dois lugares são abrigos, um local onde fica protegido da chuva e do sol do meio dia. Suas posições estão em direção ao nascente. O Sítio leva o nome de Olho D’água da Galinha.
Um fato triste ocorre nas intermediações desse sítio, vasta área estava sendo devastada, no local abriu-se uma estrada e a lenha certamente seria usada nos fornos de cerâmicas da região. Em certo ponto da estrada, olhando para Caraíbas, ver uma bela imagem da serra que toma seu fundo. Na nossa frente uma amplidão do pequeno vale margeado por serras.
Retornamos, pegamos o carro e fomos para o outro sítio. Antes de chegamos a BA156 encontramos em nossa frente um caminhão abarrotado de lenhas, essa, como já fora comentado, seria usada nos fornos das cerâmicas. Depois de ultrapassá-lo entramos no asfalto, poucos quilômetros voltamos a entrar em estrada de chão. Paramos em um leito seco de um riacho, muita areia e o caminho a frente cheio de buracos estava intransitável. Colocamo-nos a andar, a noite já vinha com suas asas negras. Chegamos ao sítio já escuro, com a ajuda do flex da máquina pudemos colher algumas fotografias. A devastação ali já tinha chegado bem antes. Toda a mata já havia tombado dando lugar a pasto para animais, o sítio se encontra exposto ao sol e a chuva. Ele leva o nome de Olho D’água da Bananeira.
O sítio em si se faz de uma imensa rocha, onde nas suas paredes estão às pinturas, no passado certamente existiram ali frondosas árvores. Duas pinturas nos tomaram mais a atenção, um sol e um símbolo que nos lembra muito o arroba @.
Retornamos a casa de João Luiz já no breu total. Paramos para conversar um pouco mais. Tomamos suco de cajá manga, Fernando e João beberam um pouquinho de aguardente com mel. Demos uma folheada em alguns livros e retornamos para a sede de Paramirim.
    Esse passeio aconteceu no dia 15/07/2009.

Luiz Carlos M. Cardoso


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