Arte Rupestres Bahia, rock art "Diocleciano, João Luiz, Lúcia Beatriz, Fernando Bonetti, Luiz Carlos Bill"

Espedição Ibiajara e Rio do Pires.

    Na terça-feira, dia sete de julho de 2009, fomos ao município de Rio do Pires no distrito de Ibiajara, antiga Santa Maria do Ouro, 80 quilômetros de Paramirim. O percurso até Rio do Pires é de asfalto e tudo vai muito bem, por sinal, a estrada que liga com a BA 156 está em ótimo estado, pois foi recuperada há pouco tempo. Passando por Rio do Pires pegamos uma estrada de cascalho, porém em boas condições. Quando chegamos a Comunidade da Placa entramos à esquerda, logo passamos sobre o rio da Caixa parando em Ibiajara. Descemos ao povoado de Cachoeira, mas antes nos perdemos. Chegamos nesse povoado às onze horas. Tudo diria que ali iríamos encontrar alguns sítios, todavia não encontramos nada, por mais que as serras e seus paredões proporcionassem condições. Um local assim, com certeza, se fazia de rota dos nossos Índios Tapuios, com fartura de água e uma bela cachoeira, rodeado por montanhas, lugar ideal. O certo é que não achamos nada, contudo o local é grande e com certeza pode ter algo escondido por lá. Uma beleza natural é a Cachoeira do Nicolau, ela desce da serra e se precipita em um belo lago, os paredões das serras só deixam a entrada direta dos raios solares quando o sol está no meio da jornada. Quero deixar meus agradecimentos ao nosso guia Fábio e a mãe dele que foram e agora são nossos grandes amigos e por terem nos recebidos tão bem.
    Já no terceiro dia de expedições (quarta-feira oito de julho de 2009) fomos ao município de Rio do Pires, havia a possibilidade de encontramos dois Sítios. Primeiro fomos a uma fazenda onde Fernando havia conseguido informações na internet de que lá existia um Sítio que quase fora destruído por uma mineradora. Nessa tal fazenda um rapaz, a pedido nosso, fez questão de nos levar ao local. Ao chegar fiquei maravilhado com o que se abria aos nossos olhos, o Sítio mais impressionante que já visitara até então, porém fiquei chateado pelas muitas marcas dos vândalos que ali passaram. Tudo catalogado e registrado, nós deixamos o local às duas horas da tarde.
    Percorremos muitos trechos de estradas que em muitos pontos mal passava um carro, estrada para carro de bois. Já próximo ao Sítio paramos em um povoado e pedimos informação a um senhor (Benvindo Alves Pereira), esse fez questão de nos guiar. Nessas andanças sempre conversávamos muito com o pessoal, esse senhor de cinqüenta e três anos muitas história nos contou. Em uma dessas, ele disse que nas suas veias corriam sangue Tapuio, que sua bisavó foi índia. “Ela foi pega aqui mesmo neste boqueirão. Vinha um grupo daquele lado quando deparou com o índio pequeno, jogou o laço no pescoço e levou para casa. Deixou-o preso em um quarto até que esse se amansou. Esse sítio tem muitas pinturas nítidas, contudo fizeram uma estrada rente a ele, ou no meio dele, fato é que muita coisa se perdeu com a realização da obra.
Conseguimos catalogar dois sítios próximos um do outro, porém cada qual com suas pinturas diferenciadas.

Luiz Carlos M. Cardoso


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