Uma das principais fontes de renda e trabalho da nossa região se encontra nos derivados da cana-de-açúcar. A aguardente e a rapadura são seus principais produtos fabricados pelos sertanejos da nossa terra. Não existe um estudo para saber qual o tamanho desse impacto sobre a economia local, tão pouco a quantidade dessa produção.
Começa com o plantio da cana, geralmente ocupa as partes baixas, por essas serem mais fáceis de irrigação e por estar próximos aos córregos e rios, além de terem maior fertilidade. O tempo estimado do plantio ao corte é de aproximadamente um ano. Nesse meio há uma limpeza para retirada das ervas daninha. Muitos plantam o milho junto à cana, esse de crescimento mais rápido proporciona uma lucratividade maior da área cultivada.
Já no tempo da colheita, que vai de julho a janeiro, muito trabalho deve ser empregado. Primeiro tem o corte da cana e o transporte até o local onde será processada, depois a limpeza, a moagem para retirada do caldo. Passado essa primeira fase o caldo já coado, falando da rapadura, vai ao grande tacho para ser cozinhado até se transformar em melaço. A garapa tem que ser mexida a todo instante, o tempo gasto até o momento de despejar nas formas varia de quatro a cinco horas.
Os produtos são comercializados nas feiras livres em barras de um quilo ou quinhentas gramas. Muito nutritiva e apreciada pelos sertanejos a rapadura se tornou para esse povo um patrimônio a ser preservado, pois acompanha o mesmo desde tempos imemoriais. Falta um melhoramento no processo de fabricação, há muita diferença de um produto para outro. Na região do Vale do Paramirim os Órgãos Públicos responsáveis simplesmente ignoram o tema; ficando nosso povo a mercê das mazelas causadas pela falta de informação. Poderíamos ter uma cadeia produtiva forte, onde iríamos ter uma melhor distribuição de renda, todavia a EBDA não ajuda em nada nosso povo.
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Luiz Carlos Marques Cardoso Página Inicial.